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Comentários/Dados históricos
A série de foto-performances “A Imperatriz” surge do desejo de preencher uma lacuna histórica na representação de pessoas trans na história da arte. É do jogo entre: arquitetura, performance de género e poder, que emerge a figura da Imperatriz encarnada em mim. Porém, na verdade, funciona como um alter ego pelo qual exponho meus privilégios (branca, aparência feminina, classe média...), mas sem esquecer que sou uma pessoa e um corpo transexual, para investigar o que chamo de: “ Mecanismos de aceitação e rejeição”. Estão inscritos nos corpos em forma de códigos: aparência, (raça, gênero, orientação sexual); e riqueza (classe social), e funcionam como faróis que os levam a serem mais aceitos e admirados, ou menos aceitos e admirados, de acordo com o tipo de códigos presentes nos corpos. Ser uma artista transexual me coloca à beira do sistema, seja ele da vida ou da arte, mas quando estou vestida de “Imperatriz” as portas dos lugares de poder se abrem para mim, e as pessoas vêm me receber e me tratar como se eu era um “soberano”, anulando o fato de eu ser um corpo transexual. A vestimenta e a performatividade do poder funcionam como uma “armadura” biomecânica contra o preconceito.
Fonte: Site da artista disponível em www.elledebernardini.com
Exposições e prêmios
Exposição - Arte Contemporânea RS, Galeria Xico Stockinger. (2020/2021)
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Em Caso de Emergência, Galeria Sotero Cosme, MACRS, 2022
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Ilusões e Fantasias, Galeria Virgilio Calegari, MACRS, 2024
