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Textos críticos
Texto Crítico
A fotografia Parede, de Kátia Prates, convida o espectador a enfrentar um embate filosófico a partir de uma experiência estética. Sendo esta obra uma imagem destituída de qualquer aspecto sedutor - não há cores, nem figuras, nem formas, nem paisagens, nem signos, nem objetos - percebemo-nos diante de uma fotografia de uma parede clara, talvez branca, com sutis sombras. Uma imagem, uma parede, vazia. Dessa constatação surge a pergunta: que vazio é esse? Existe a possibilidade de fotografar o vazio? É possível pensar no conceito de vazio para além do contrário de cheio? Para a artista, vazios são situações totalmente excepcionais e é enfrentando essa questão que ela desenvolve a série Paredes, da qual esta obra faz parte. A Série é formada por imagens feitas na câmera Nikon de 35mm, de paredes internas brancas, em especial, do apartamento da artista, e a intenção do trabalho é investigar o potencial de uma parede ser um vazio.
A obra intitulada Paredes (2010) é de autoria da artista visual e fotógrafa Katia Prates (1964,Porto Alegre/RS). O trabalho integra a série fotográfica "Paredes", iniciada em 2008. A série "Paredes" foi apresentada ao público em sua exposição individual no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), em 2012. A obra foi doada pela artista ao Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MACRS) no dia 06 de novembro de 2014.
Exposições e prêmios
Exposição Paredes no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), em 2012.
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Exposição: Neblina: A Fotografia no Acervo do MACRS. Galeria dos Arcos e Galeria Lunara, Usina do Gasômetro, Porto Alegre, RS , 2014.
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Exposição: Matéria Difusa - Um olhar sobre a coleção MACRS. Galeria Xico Stockinger, Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MACRS), 6 º andar, Casa de Cultura Mário Quintana. Porto Alegre, RS, 2022.
Histórico de publicações
PRATES, Katia. A imagem rarefeita: entre o vazio e o infinito. Tese de doutorado em Poéticas Visuais. Insituto de Artes, Programa de pós - graduação em Poéticas Visuais, UFRGS. Porto Alegre, 2011. p. 14-15. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/40408/000828781.pdf?sequence= 1 & isAllowed=y , Acesso em 11 de maio de 2022.
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BULHÕES, Maria; PELLIN, Vera; VENZON, André [org]. Catálogo acervo do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul. 1. ed. Digrapho Produções Culturais, Porto Alegre, 2021. p. 148. Catálogo de Acervo. Disponível em: https://acervomacrs.wpcomstaging.com/catalogo/. Acesso em 11 de maio de 2022.
"No verão de 2012, o Margs exibia em suas paredes uma exposição de Katia Prates com fotografias de... paredes. Pode parecer que a intenção era criar estranhamento ou provocação, e de alguma forma acabou sendo. Mas a proposta da artista é deslocar imagens tão próximas como paredes, céu e paisagens para evidenciar certa riqueza que escapa ao olhar.Estudando a paisagem, Katia chegou à pintura holandesa do século 17. E, da mesma forma, à natureza-morta, interessando-se não pelos objetos representados, mas pelo fundo das imagens - ou seja, as paredes: - Passei a pensar sobre as teorias que tratam esse fundo das naturezas-mortas como nada, coisa nenhuma, e as que tratam como um lugar onde o infinito e o divino se encontram. São pontos de vista totalmente opostos." Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/cultura-e-lazer/noticia/2013/08/katia-prates-e-a-sexta-artista-da-serie-sobre-os-gauchos-na-9-bienal-do-mercosul-4230642.html , Acesso em 11 de maio de 2022.
