“Matéria Difusa” apresenta trabalhos de artistas cujas obras nos conduzem a diferentes percepções da realidade. São desenhos, fotografias, objetos, instalações que criam fricções entre si, produzindo novos sentidos sobre a arte, o tempo e o que nos cerca. Simultaneamente, essas obras nos permitem uma reflexão tanto sobre a natureza e o papel de uma coleção pública de arte contemporânea quanto sobre o próprio campo da arte, sua multiplicidade de procedimentos e materiais, seus jogos de linguagem, sua relação com os contextos políticos e sociais.
Com base na noção de materialidade difusa, algo que de fato se espalha por todas as direções possíveis e que fala tanto dos materiais propriamente ditos quanto das problemáticas abordadas, foram estabelecidas pela curadora três perspectivas inter-relacionadas, acentuando temáticas e conceitos partilhados por diferentes artistas: Língua-viva, Imargem e Corporificações. Destas, será apresentado, em Caxias do Sul, somente Corporificações, na qual se encontram trabalhos em que podemos perceber uma investigação tanto sobre identidade, gênero, migrações, fantasmagoria, quanto sobre as relações entre sujeito e objeto. De algum modo a ideia de corpo — humano ou animal — abriga desejos, mistérios e frustrações, matéria central das obras reunidas no recorte Corporificações.
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