Natural de Quaraí (RS-Brasil, 1920), João Alberto Fonseca da Silva foi um dos últimos remanescentes da história da fotografia de Porto Alegre do século 20 e ajudou a construir a memória fotográfica do Estado do Rio Grande do Sul através da fotografia analógica, na produção de negativos em vidro e em bases plásticas em diversos formatos.
A sua produção fotográfica atingiu um nível bastante avançado, em um momento em que as novas tecnologias conhecidas hoje ainda não facilitavam a vida do fotógrafo. Para tanto, buscou desenvolver conhecimentos de física e química, tendo atingido resultados impressionantes relacionados à perspectiva nas fotografias de arquitetura, às fotomontagens, à fotografia publicitária, à iluminação em estúdio com modelos ou objetos e separação de tons, à cartografia e redução de escalas, etc.
O montante do seu acervo foi doado para a Uniritter em 2000 e atualmente está disponível para pesquisa no Laboratório de Teoria e História da Arquitetura. Em 2005 foi lançada a publicação organizada por professores da Unirriter - Acervos Azevedo Moura&Gertum e João Alberto: Imagem e Construção da modernidade em Porto Alegre. Ele mesmo acompanhava o processo de conservação e preservação do seu acervo na Universidade, o qual vinha sendo catalogado e digitalizado, tendo participado de inúmeras atividades que envolveram seu acervo, promovidas por essa instituição.
Em 2010 o fotógrafo participou, junto com a professora Viviane Maglia, responsável pelo seu acervo no Laboratório/Uniritter, do Ciclo de debates sobre acervos fotográficos, promovido pela Sedac. Onde fez o que mais gostava e que verdadeiramente o transformaram num mestre: ensinar sobre fotografia.