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Miniatura
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Número de registro
MAC0278
Título
Sem título
Série
Rever: retratos ressignificados
Autoria
Ano
2009
Denominação
Material/Técnica
Suporte/Mídia
Dimensões
14 x 8,7 cm
Palavras-chave
Texto para etiqueta
ROCHELE ZANDAVALLI
Garibaldi, RS, Brasil, 1980
Sem título, 2009
Rever: retratos ressignificados
Fotografia com intervenção em linha sobre papel, 14 x 8,7
Doação Paula Ramos
Aquisição
Doação Paula Ramos
Créditos da fotografia
Condições de reprodução
O uso de imagens e documentos é permitido para trabalhos escolares e universitários com caráter de pesquisa e sem fins lucrativos. Junto à reprodução, deve sempre constar obrigatoriamente o crédito à fonte original (quando houver) junto ao crédito: Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul. Os direitos autorais são de propriedade de seus respectivos detentores de direitos, conforme a Lei de Direitos Autorais (LDA – Lei no 9.610/1998). O MACRS não detém a propriedade de direitos autorais e não se responsabiliza por utilizações indevidas praticadas por terceiros.
Comentários/Dados históricos
A palavra “rever” é palíndromo: lida ao contrário, é a mesma. No entanto, como percebemos nas obras, o familiar torna-se estranho; o passado, presente; a técnica, memória. O rever de Rochele afirma, nesse trajeto que busca a verdade, a impossibilidade da duplicação – nada jamais se repete. Não se trata apenas da fotografia e sua definição proposta por Roland Barthes, “isso foi”. Na duração da própria vida, nada se mantém como parecia ser, nunca se pode afirmar que qualquer coisa ou pessoa é ou foi, pois o “ser” jamais está sujeito a confirmação. Se nos aprofundarmos nessa questão, será preciso fazer indicar que sua obra opera um jogo de sentido artístico que deseja, no limite, resistir ou mesmo anular a própria possibilidade da tautologia, forma canônica da arte conceitual.
A condição contemporânea dessas fotos e de sua experiência é operada, sim, como palimpsesto, forma caracterizada pela convivência conflituosa de múltiplas camadas–de imagens, de informações, de experiências–em movimentos de aparecimento e apagamento mútuos. Vemos, na exposição, diferentes qualidades de sentido sendo criadas, imbricadas e destruídas desse modo. A cada obra, superpõem-se romanticamente familiar e estranho, forma e ideia, texto e imagem; real, representação e simbólico.
A obra de Rochele Zandavalli busca instaurar esteticamente a dúvida e o reprimido.
Rever fabrica a diferença como solução para a duplicação e seu caráter mortuário. É na inadequação entre celebrar e lamentar que a criação da artista opera. Vemos o desejo pitoresco pelo outro, o luto de sua ausência, e mais: a noção de que a verdade se constitui no desejo vivo que motiva cada encontro.
Trechos do texto para catálogo da Exposição, no Santander Cultural, 2012. Autoria de Cezar Bartholomeu, curador, pesquisador e crítico em História da Arte. Disponível em https://www.rochelezandavalli.com/rever Acesso em: 11/09/2024
Mídias relacionadas
ZANDAVALLI, Rochele Boscaini. Rever: retratos ressignificados. Dissertação (Mestrado em Poéticas Visuais) –Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2012. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/66660 Acesso em: 11/09/2024