Em Ritmo e Gesto, Rogério Medeiros tensiona ao máximo a relação entre o pictórico e o fotográfico, articulando prática poética na qual os conceitos se opõem, se contaminam e se mesclam com envergadura e vigor para criar uma obra limítrofe entre pintura, fotografia e gravura. Passado cerca de um século do auge do Pictorialismo, Medeiros retoma certas discussões da época para atualizá-las em face do estado atual da arte e da possibilidade de interferir na nossa percepção visual contemporânea de forma pontual. Segundo Chiodetto, a fotografia neste estado de suspensão das coisas ativa o seu dom de iludir e de transfigurar o signo para demonstrar, a golpes de luz, que a experiência do olhar pode ser infinitamente mais ousada e estimulante do que o mundo das aparências normalmente nos faz perceber.
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