-
Objetualidade Relativa
- Voltar
-
EV1992.02- EV1992.03 – EV1992.04 – EV1992.05 A FIGURA EM QUESTÃO , A SUPERFÍCIE DA COR, GESTO E CONSTRUÇÃO, OBJETUALIDADE RELATIVABaixar
Título
Objetualidade Relativa
Tipo de atividade
Ano
1992
Período
Início
11/06/1992'
Término
21/06/1992
Artistas/Participantes
Alexandre Antunes | Ana Cristina da Natividade | Ana Lima | Carlos Krauz | Heloísa Crocco | Jailton Moreira | José Francisco Alves | Lia Menna Barreto | Marlies Ritter | Patricio Farías | Ronan Wittée | Tânia Resmini | Udo Kunert | Walderes Martins de Aguiar
Curadoria
Realização
MACRS
Origem das obras
Descrição
Para uma instituição cuja incumbência é fundamentalmente promover a veiculação de um acervo tendo como objetivo a pesquisa e a documentação, as exposições 'A Figura em questão', 'A Superfície da Cor', 'Gesto e Construção' e 'Objetualidade Relativa tem em vista a perspectiva de, ao apresentar ao público parte desse acervo, fazê-lo de forma didática, não sendo simplista e ao mesmo tempo criteriosa, não sendo erudita.
A idéia é também desmitificar o raciocínio que pensa a produção artística convencionada dentro de um contexto no mais das vezes próprio para especialistas.
Sendo assim, nos ocorreu que a realização de quatro exposições simultâneas possibilitariam um diálogo entre diferentes modos de abordagem de veiculação de acervo dentro de antecedentes que possuímos.
Em outra ocasião, quando conversávamos com Telmo Lauro Müller sobre a adoção de uma sistemática museológica para a arte contemporânea, nos ficou claro que o sistema de apresentar ao público em fragmentos diferenciados parte da produção de um acervo, não ajudaria em muito a visão pelo público menos especializado ou com nenhum acesso anterior à obra de arte. Por outro lado, tal procedimento se fazia necessário tendo em vista a tarefa institucional de promover a sistematização da produção através de abordagens que digam respeito tanto à própria linguagem quanto às questões sociológicas propriamente ditas.
Considerando que o objetivo inicial e fundamental da Secretaria de Estado da Cultura quando da implantação do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul dentro de um complexo cultural de múltiplas atividades, foi dar acesso ao público não freqüentador de museus a uma atividade museológica sistemática, não poderíamos incorrer no erro de desenvolver projetos exclusivamente especializados, sem antes realizar um trabalho didático e de inserção pública efetiva.
Ora, é evidente que o principal problema a ser enfrentado é a diversidade de níveis de informação do público diante de igual direito de acesso à produção artística.
Historicamente o distanciamento público da produção tem aumentado, embora o interesse pelos fenômenos artísticos também. A assertiva que pode parecer antes um paradoxo é na verdade, a evidência do grande dilema da arte contemporânea. Ao mesmo tempo que esta carrega em sua gênese a noção de público enquanto manifestação histórica do pensamento, tal condição adquire dimensões privadas diante de sua dependência das estruturas institucionalizadoras.
Nosso trabalho tem sido no sentido de, o quanto nos seja possível, desestabilizar convenções administrativas mitificadoras, que impossibilitam a uma instituição pública imprimir uma condição mais democrática e correspondente ao caráter social da produção contemporânea.
Pensamos, portanto, estes 4 eventos conjuntamente para que resultassem em motivo de interesse para um público diverso.
[...]
Finalmente a questão central em 'OBJETUALIDADE RELATIVA é a evidência: de um caráter objetual do qual estas obras estariam investidas. Transitando entre a escultura e o objeto elas denunciam um certo espaço conceitual com forte carga de informação. Não se trata de uma condição de literalidade, mas da presença de um aspecto que adere a essas obras confirmando um lugar para o pensamento a partir de uma espacialidade empírica. Nessas obras, quanto mais claras e definidas suas razões de existência, mais evidente a não conformação de um espaço expressivo-confessional, mas antes de um espaço para reflexão.
Gaudêncio Fidelis
Condições de reprodução
O uso de imagens e documentos é permitido para trabalhos escolares e universitários com caráter de pesquisa e sem fins lucrativos. Junto à reprodução, deve sempre constar obrigatoriamente o crédito à fonte original (quando houver) junto ao crédito: Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul. Os direitos autorais são de propriedade de seus respectivos detentores de direitos, conforme a Lei de Direitos Autorais (LDA – Lei no 9.610/1998). O MACRS não detém a propriedade de direitos autorais e não se responsabiliza por utilizações indevidas praticadas por terceiros.
Obras - Acervo MACRS
Título
A Luta / Sinal de Alerta / Homenagem Póstuma à Henfil