“Música de passarinho” dá nome a uma série de trabalhos que Antônio Augusto vem desenvolvendo há alguns anos e que estarão reunidos na Galeria Sotero Cosme da Casa de Cultura Mario Quintana com a curadoria de Marlies Ritter. A observação das marcas deixadas pela passagem do tempo em pequenos elementos da natureza coletados e fotografados é uma prática diária de Antônio Augusto assim como a contemplação da paisagem urbana em suas caminhadas por Porto Alegre e também em saídas de campo em zonas rurais e litorâneas.
Fotos, vídeo, pintura, gravura, monotipia, objetos e também elementos coletados da natureza compõe “Música de passarinho” que tem o abacateiro do pátio nos fundos do Jabutipê, atelier de Antônio Augusto, como o “personagem” central da exposição.
Há nove anos, desde que se mudou para o Jabutipê, Antônio Augusto vem coletando e organizando os gravetos que caem da antiga árvore e armazenando seus caroços, assim como alguns abacates escolhidos que deixa secar. Também faz algumas experiências com os abacates que deixa no pátio para os passarinhos se alimentarem fazendo cópias em gesso das marcas deixadas pelos bicos dos diferentes pássaros que vivem no centro histórico de Porto Alegre. Dos caroços dos abacates também saem pigmentos para experiências em monotipias e desenhos. Nesses nove anos uma grande série de fotos dos abacates está sendo feita como um trabalho em processo contínuo, algumas delas estarão na exposição.
Além dos elementos coletados do abacateiro do Jabutipê, estarão também na mostra frutos de liquidâmbares coletados durante um outono em uma única praça de Porto Alegre e frutos de magnólias coletados em uma única praça de Montevidéu -Uruguai.
O título da exposição foi extraído do texto de Luís Filipe Bueno “o pátio do Jabutipê”, o vídeo “Espaço grávido de tempo” tem a participação de Bebeto Alves, Eduardo Montelli e Luís Filipe Bueno. As gravuras em metal são impressas por Marcelo Lunardi e as fotografias são impressas por André Antunes.
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