Descrição
Idealizada pelo artista Jaider Esbell, a mostra foi desenvolvida e finalizada pelos artistas-produtores culturais Mishta e Manatit, como um manifesto de afeto ao artista macuxi, falecido em novembro do ano passado.
Unindo as novas tecnologias às técnicas tradicionais de pintura, o projeto “As mil faces de Makunaima” visa difundir a arte indígena contemporânea de Jaider Esbell, através de um processo de animação das imagens digitalizadas de suas obras pintadas manualmente, em acrílica com posca. Foram selecionadas cinco trabalhos da exposição “Transmakunaima: o buraco é mais embaixo”, realizada pelo artista em 2018, em que Jaider traz à luz a descaracterização do clássico Makunaima e propõe uma reformulação ao mito brasileiro, publicado pelo escritor Mário de Andrade, em 1928. Realizadas com recursos do Prêmio Funarte Marcantonio Vilaça de Arte Digital, as animações derivadas da parceria com Mishta e Manatit serão incorporadas ao acervo do MACRS, que promoverá, além da exposição física com o artifício de projeções, uma exposição virtual nas redes sociais do Museu.
Expondo e aprofundando questões identitárias e cosmológicas dos povos indígenas do Brasil, a mostra irá dispor da mediação de um avatar feito em realidade aumentada (RA) pelo projeto IBI, na intenção de estabelecer uma relação interativa, sensível e criadora com as obras. Além do espaço na CCMQ, “As mil faces de Makunaima” também ocupa, durante a Noite dos Museus (21 de maio) e nos dias 10, 11 e 12 de junho, a Fábrica do Futuro, apresentando uma experiência imersiva da exposição.
Durante o evento, a artista indígena Raquel Kubeo irá realizar uma performance de “Respira”, em que reflete sobre a sobrevivência e a transmutação da natureza em contexto urbano.