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A Figura em Questão
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EV1992.02- EV1992.03 – EV1992.04 – EV1992.05 A FIGURA EM QUESTÃO , A SUPERFÍCIE DA COR, GESTO E CONSTRUÇÃO, OBJETUALIDADE RELATIVABaixar
Título
A Figura em Questão
Tipo de atividade
Ano
1992
Período
Início
11/06/1992
Término
21/06/1992
Artistas/Participantes
Elton Manganelli | Gelson Radaelli | Leopoldo Plentz | Liana Timm | Maria Lídia Magliani | Mário Röhnelt | Milton Kurtz | Plínio Bernhardt | Romanita Disconzi | Ruth Schneider | Tatiana de Oliveira Pinto | Vera Chaves Barcellos
Curadoria
Realização
MACRS
Origem das obras
Descrição
Para uma instituição cuja incumbência é fundamentalmente promover a veiculação de um acervo tendo como objetivo a pesquisa e a documentação, as exposições 'A Figura em questão', 'A Superfície da Cor', 'Gesto e Construção' e 'Objetualidade Relativa tem em vista a perspectiva de, ao apresentar ao público parte desse acervo, fazê-lo de forma didática, não sendo simplista e ao mesmo tempo criteriosa, não sendo erudita.
A idéia é também desmitificar o raciocínio que pensa a produção artística convencionada dentro de um contexto no mais das vezes próprio para especialistas.
Sendo assim, nos ocorreu que a realização de quatro exposições simultâneas possibilitariam um diálogo entre diferentes modos de abordagem de veiculação de acervo dentro de antecedentes que possuímos.
Em outra ocasião, quando conversávamos com Telmo Lauro Müller sobre a adoção de uma sistemática museológica para a arte contemporânea, nos ficou claro que o sistema de apresentar ao público em fragmentos diferenciados parte da produção de um acervo, não ajudaria em muito a visão pelo público menos especializado ou com nenhum acesso anterior à obra de arte. Por outro lado, tal procedimento se fazia necessário tendo em vista a tarefa institucional de promover a sistematização da produção através de abordagens que digam respeito tanto à própria linguagem quanto às questões sociológicas propriamente ditas.
Considerando que o objetivo inicial e fundamental da Secretaria de Estado da Cultura quando da implantação do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul dentro de um complexo cultural de múltiplas atividades, foi dar acesso ao público não freqüentador de museus a uma atividade museológica sistemática, não poderíamos incorrer no erro de desenvolver projetos exclusivamente especializados, sem antes realizar um trabalho didático e de inserção pública efetiva.
Ora, é evidente que o principal problema a ser enfrentado é a diversidade de níveis de informação do público diante de igual direito de acesso à produção artística.
Historicamente o distanciamento público da produção tem aumentado, embora o interesse pelos fenômenos artísticos também. A assertiva que pode parecer antes um paradoxo é na verdade, a evidência do grande dilema da arte contemporânea. Ao mesmo tempo que esta carrega em sua gênese a noção de público enquanto manifestação histórica do pensamento, tal condição adquire dimensões privadas diante de sua dependência das estruturas institucionalizadoras.
Nosso trabalho tem sido no sentido de, o quanto nos seja possível, desestabilizar convenções administrativas mitificadoras, que impossibilitam a uma instituição pública imprimir uma condição mais democrática e correspondente ao caráter social da produção contemporânea.
Pensamos, portanto, estes 4 eventos conjuntamente para que resultassem em motivo de interesse para um público diverso. Em 'A FIGURA EM QUESTÃO a idéia foi reunir um número de obras cujo motivo central é a figura humana. O que talvez seja interessante observar é a maneira diferenciada com que cada um desses artistas aborda o 'corpo' em suas obras, impregnando-os ora para que simbolicamente criem processos metafóricos, ora para que sua própria materialidade se encarregue de justificar sua presença como motivo na obra.
[...]
Gaudêncio Fidelis
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