O espelho da artista Panmela Castro foi desenvolvido em 2022 para a 13ª Bienal do Mercosul. Esta pintura faz parte da série “Espelhos” da artista, cada um deles possui uma frase diferente. Esta obra possui a frase “Viver para voar”, onde cada palavra está uma embaixo da outra, sendo no topo do espelho “Viver”, no meio “para”, e por último a palavra “voar”, assim formando a frase, são letras grandes cobrindo grande parte do espelho, o estilo de escrita seria um algo mais urbano e descontraído, a mão livre. As letras foram feitas em tinta spray preta. A dimensão do espelho 160 x 110 x 4,5 cm.
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Textos críticos
Texto Crítico
A poética da obra tem suas raízes na longa história cultural do pixo no estado do Rio de Janeiro, onde, durante a ditadura militar, era utilizado como forma de denúncia. A pichação era, e ainda é, uma forma de expressão para aqueles que não têm voz, permitindo-lhes se manifestar de maneira indireta. No Rio de Janeiro, a pichação ganhou mais força durante o período militar, quando os pixos criticavam abertamente os militares e a repressão. Nessa época, a estética não era relevante; o foco estava no conteúdo das mensagens transmitidas. Por isso, os recados eram deixados de maneira anônima, evitando proibições e punições para os autores.
A frase “Viver para voar” pode representar a vida, sugerindo que, quanto mais vivemos e evoluímos, mais longe conseguimos chegar, alcançando, assim, nossos objetivos.
