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Trajetória Gráfica do Acaso I
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Miniatura

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Número de registro
MAC0037
Título
Trajetória Gráfica do Acaso I
Série
Desenhos Ordinários
Autoria
Ano
1993
Denominação
Material/Técnica
Suporte/Mídia
Dimensões
16 X 71,5 cm
Palavras-chave
Ficha Técnica
JAILTON MOREIRA
(São Leopoldo, RS, 1960)
Trajetória Gráfica do Acaso I, 1993
Desenhos Ordinários
16x71,5cm
Doação Artista
Aquisição
Doação artista
Créditos da fotografia
Condições de reprodução
O uso de imagens e documentos é permitido para trabalhos escolares e universitários com caráter de pesquisa e sem fins lucrativos. Junto à reprodução, deve sempre constar obrigatoriamente o crédito à fonte original (quando houver) junto ao crédito: Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul. Os direitos autorais são de propriedade de seus respectivos detentores de direitos, conforme a Lei de Direitos Autorais (LDA – Lei no 9.610/1998). O MACRS não detém a propriedade de direitos autorais e não se responsabiliza por utilizações indevidas praticadas por terceiros.
Comentário Crítico
Texto Crítico
Trajetória Gráfica do Acaso I faz parte de uma série de trabalhos de Jailton Moreira denominada Desenhos Ordinários. Desenvolvida no início da década de 1990, esta série reúne um conjunto de situações gráficas insuspeitas, como o descascar de uma laranja, os riscos de palitos de fósforos na lateral de sua caixinha, arranhões feitos de forma proposital em lataria de automóveis, o percurso de uma traça num convite de exposição. Se num primeiro momento identificamos a linha, o risco, o “desenho” como elemento aglutinador desse conjunto, o artista aponta para algo mais a ser percebido nessas obras. Em um depoimento sobre seu trabalho Jailton narra o processo de concepção da série, indicando o ‘desejo’ implicado nesse conjunto de trabalhos como principal aspecto que lhe interessava. Ele diz: o que eu identifiquei e gostei (nessas situações) foi a fome, a fome da traça. Essa mesma fome é o que me levava a desenhar e essa fome eu tinha perdido naquele momento. (Este é o meu trabalho, parte I, 1:25:00 https://vimeo.com/581539318). A partir daí, a obra Trajetória Gráfica do Acaso I, pode também ser vista enquanto pulsão criadora. A fome como metáfora do desejo é aqui alimentada em sua potência universal e filosófica: você tem fome de quê?
Autoria
Comentários/Dados históricos
A obra é datada de 1993, de autoria do artista Jailton Moreira (1960, São Leopoldo/RS), e intitulada "Trajetória Gráfica do Acaso I,”. O trabalho faz parte da série chamada Desenhos Ordinários, realizada em 1993. Na ocasião, o artista olha e seleciona uma série de objetos, acontecimentos, situações, nas quais podemos reconhecer a presença de uma ideia de desenho – como o percurso de um cupim sobre papel. O trabalho foi doado ao Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MACRS), sendo doação do artista.
Exposições e prêmios
- Exposição: Volúpia Construtiva - Prazer e Ordenamento em Desenho sobre papel no Acervo MACRS. Galeria Sotero Cosme, Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MACRS), 6 º andar, Casa de Cultura Mário Quintana, Porto Alegre, RS , 2014.
|- Exposição: Matéria Difusa - Um olhar sobre a coleção MACRS. Galeria Xico Stockinger, Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MACRS), 6 º andar, Casa de Cultura Mário Quintana. Porto Alegre, RS, 2022.
|- Exposição: Matéria Difusa - Um olhar sobre a coleção MACRS, Recorte Língua Viva. Galeria Edmundo Rodrigues, Complexo Palacete Pedro Osório, Bagé, RS, 2022.
Histórico de publicações
BULHÕES, Maria; PELLIN, Vera; VENZON, André [org]. Catálogo acervo do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul. 1. ed. Digrapho Produções Culturais, Porto Alegre, 2021. p. 138. Catálogo de Acervo. Disponível em: https://acervomacrs.wpcomstaging.com/catalogo/. Acesso em 22 de abril de 2022.
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"O Torreão, espaço criado para ser ateliê dos artistas, Elida Tessler e Jailton Moreira, mas que possuía outra função: pensar a arte contemporânea em todas as suas manifestações, criando diálogos, debates e exposições. O Torreão atuou por 16 anos, de 1993 a 2009, e constituiu-se num importante lugar para a arte, trazendo artistas expressivos do cenário regional, nacional e internacional. Como iniciativa coletiva de artistas, destacou-se por ter um posicionamento capaz de questionar as instâncias institucionais e abrir possibilidades para apresentar a arte de maneiras instigantes, destacando as intervenções realizadas no espaço denominado Torre. Ofereceu cursos sob a orientação de Jailton Moreira e se impôs no cenário nacional, influenciando outros coletivos de artistas. No período inicial de suas atividades, dialogou com MAC/RS e foi um espaço que contribuiu para a renovação do sistema de artes local". (MACHADO, 2011, p. 09-10). Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/5200/MACHADO%2C%20ANA%20MERI%20%20ZAVADIL.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em 22 de abril de 2022.