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No ano de 2019 minha produção começa a permear a visualidade háptica das coisas. Trabalhei me apropriando de objetos e reproduzindo em resina, couro, metal, vinil e tudo que indicia o universo estético e alegórico do prazer e às vezes de certa forma repulsa.
A obra Sem Título, 2019, é a representação do recorte de um encosto lustroso de qualquer lugar que se dispõe a um ambiente alternativo excessivamente sensual, é um estudo do toque e de tudo que emana deste ambiente, por vezes fantasioso e outras vezes literal demais.
Na minha adolescência o vinil normalmente era acompanhado pelo cheiro de desinfetante, por que certa vez sujo, o brilho vinil se perdia e a mácula precisava ser lustrada novamente, para retomar seu estado luxuoso. Eram momentos de fascínio sexual e nojo. Hoje, alguns anos depois, compreendo melhor como a nostalgia resgata esses momentos de conflito estético e material na minha produção, uma vez que trabalho bastante esse tensionamento. A obra é constituída por uma placa de madeira MDF, espuma e vinil preto tensionado por botões com a técnica capitonê". (BORGES, 2022, doc.eletr)
| A artista explora temas que tratam tanto de violência quanto de delicadeza. É por meio dessa dubiedade que desenvolve trabalhos com couro, látex, metal e cera, materiais que servem como suporte para enunciar sexualidade, feminilidade e as agressões que permeiam estes assuntos. (Artikin. Disponível em: https://medium.com/@artikin/conhe%C3%A7a-as-8-artistas-participantes-da-exposi%C3%A7%C3%A3o-gra%C3%A7as-%C3%A0s-deusas-em-porto-alegre-c39b7b3d62cf. Acesso 5/2/2024