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Paisagem (Guaíba)
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Miniatura

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Número de registro
MAC2238
Título
Paisagem (Guaíba)
Autoria
Ano
1988
Denominação
Material/Técnica
Dimensões
210 x 320 x 25 cm
Local de produção
Texto para etiqueta
Fernando Limberger
(Porto Alegre, RS, 1962)
Paisagens (Guaíba), 1988
Madeiras naturais e industrializadas pintadas em encáustica e queimadas, grande parte delas encontradas às margens do Guaíba, 210 x 320 x 25 cm
Doação Paulo e Tania Fonseca
Aquisição
Doação Paulo e Tania Fonseca, 2024
Condições de reprodução
O uso de imagens e documentos é permitido para trabalhos escolares e universitários com caráter de pesquisa e sem fins lucrativos. Junto à reprodução, deve sempre constar obrigatoriamente o crédito à fonte original (quando houver) junto ao crédito: Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul. Os direitos autorais são de propriedade de seus respectivos detentores de direitos, conforme a Lei de Direitos Autorais (LDA – Lei no 9.610/1998). O MACRS não detém a propriedade de direitos autorais e não se responsabiliza por utilizações indevidas praticadas por terceiros.
Comentários/Dados históricos
Katia Prates: Estamos vendo este teu trabalho Paisagem Reflexa: Ibirapuera, Dois Tempos, que se tornou um ensaio visual na edição Jardins da Revista-Valise. Para começar a nossa conversa, gostaria de saber como aconteceu o interesse por ter matérias da natureza como parte da produção de arte, inicialmente com o uso de materiais como madeira recolhida, pedras, areia e, depois, se lançando para o que vemos aqui – as matérias vivas?
Fernando Limberger: Tudo isso se relaciona com a minha ideia do que produzir em arte. Penso que deve haver um compromisso com a con- temporaneidade da produção, ou seja, estar engajado no período histórico em que vivemos.
Tenho como base da minha pesquisa e já olhando historicamente tudo o que produzi uma leitura das paisagens. Essa é a característica ou o elemento principal da minha pesquisa e o que motiva minha produção. Meu interesse é pela paisagem, seja ela natural ou construída, e tudo que ela possa representar. As paisagens são compostas por elementos e histórias. E os elementos e as histórias mudam de ambiente para ambiente. Dessa forma, os elementos da natureza que utilizo para compor os trabalhos estão presentes a partir da ideia de tentar me aproximar das histórias, dos ambientes onde atuo, para, assim, estimular reflexões sobre eles. Essa característica de recolher elementos da paisagem para recompor uma certa paisagem já vem desde meados dos anos oitenta, quando comecei a minha pesquisa e produção em arte. No início, usava elementos, como você falou, especificamente madeiras, pedaços de paus, troncos e galhos, entre outros, que são elementos já de alguma maneira mortos, mas que continuam a ter uma possibilidade de vida, pensando no ciclo contínuo de transformação dos elementos da natureza.
No passado, usava preferencialmente madeiras que eram recohidas das paisagens. Durante algum tempo, utilizei madeiras encontradas à margem do Guaíba, em Porto Alegre, que eram trazidas pela água. Mas também usei madeiras já industrializadas, que eram colocadas no aterro feito para avançar a cidade sobre o Guaíba. Levava o material recolhido para o estúdio e produzia peças tridimensionais que tratavam sobre essa paisagem em transformação.
Entrevista disponível em https://cargocollective.com/fernandolimberger/Entrvista-Revista-Valise . Acesso 9/7/2024
Exposições e prêmios
exposição coletiva Panorama de Arte Atual Brasileira, 1988, no MAM, São Paulo
|exposição individual Caverna, 1989, na Galeria Agência de Arte, em Porto Alegre.
|Pertenceu à coleção Paulo e Tânia Fonseca
Mídias relacionadas
https://cargocollective.com/fernandolimberger/Entrvista-Revista-Valise