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Makunaima 04
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Miniatura
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Número de registro
MAC0858
Título
Makunaima 04
Autoria
Ano
2022
Denominação
Dimensões
2000 x 2000 px
Duração (minutos)
03'10''
Tamanho do arquivo (kb)
211 MB
Notas descritivas
A obra Macunaíma 4 integra uma série de animações que dão movimento à série de pinturas Macunaíma, o meu avô em mim (2018), de autoria de Jaider Esbell.
O vídeo tem duração de 3' 10'' e confere movimento à pintura Macunaíma 4, do artista indígena, por meio da vetorização, como simulando o processo de produção da composição linha por linha. A imagem pictórica vai surgindo progressivamente, em movimentos sinuosos, como se fosse uma dança revelando linhas, cores e texturas.
O vídeo inicia com curtos traços brancos espalhados e agrupados na diagonal, vertical e horizontal, ocupando o lado esquerdo do quadro.
Seguindo para a direita, na parte superior e inferior da superfície, aparecem linhas no formato de um pontiagudas.. Aos poucos as cores começam a surgir em meio aos traços e manchas,cobrindo o lado direito da superfície e completando o lado esquerdo. Surgem linhas amarelas e verdes, seguidas por traços vermelhos, que, agora, acompanham os agrupamentos das linhas brancas iniciais. Abaixo, surgem linhas curvas em tom de roxo púrpura, movimentando-se como raízes. Do canto inferior direito sobem para o centro da tela manchas em verde limão, com vazamentos em seus meios, circulares e retangulares, que logo são preenchidos por traços laranjas. A parte superior é traçada por linhas beges e verde menta, movimentando formas vazadas em círculo que compõem a densidade ao centro da tela.
Logo, traços mais finos de detalhes pequenos, porém vibrantes, começam a surgir. Traços em marrom e laranja acompanham as linhas vermelhas e brancas, enquanto o que era roxo se transforma em branco vibrante e outro tom de roxo surge, agora, violeta.
Enfim, uma explosão de traços mais grossos e pontiagudos surgem do meio do quadro para as extremidades. Ao lado esquerdo em verde limão e ao lado direito, um pouco mais finos, em azul claro. Nas pontas da esquerda surgem círculos que se assemelham à flor do maracujá, com um miolo azul e pétalas brancas que se movimentam, como sob o sopro do vento. Já nas pontas azuis da direita, sua metade inferior é composta por traços como a de penas em um cocar, em diferentes tons de azul, do cobalt ao índigo, até vibrarem o azul turquesa. Finalizando a movimentação expansiva, a outra metade é composta por linhas finas de azuis que ora vibram, ora desaparecem e dão lugar a linhas curvas em amarelo claro, que se movimentam com o vento invisível. Nas vazões dessas linhas há pequenos pontos em azul e amarelo claro.
Por fim, no canto inferior esquerdo surge o nome da autoria dessa pintura, agora em movimento. Aos 2 '00'' de vídeo, os traços começam a desaparecer, partes por partes, iniciando nas cores e traços por onde começou e terminando aos 3’ 10’’ , por onde o movimento termina, ficando seu nome, Jaider Esbell.
Texto para etiqueta
MANATIT & MISHTA
(Porto Alegre, RS, 1992 / São Borja, RS, 1986)
Makunaima 04, 2022
Animação a partir da obra homônima “Makunaima 04”, de Jaider Esbell
2000x2000p
Doação artista / Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça de 2021, Funarte
Aquisição
Doação artista, 2022
Créditos da fotografia
Condições de reprodução
O uso de imagens e documentos é permitido para trabalhos escolares e universitários com caráter de pesquisa e sem fins lucrativos. Junto à reprodução, deve sempre constar obrigatoriamente o crédito à fonte original (quando houver) junto ao crédito: Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul. Os direitos autorais são de propriedade de seus respectivos detentores de direitos, conforme a Lei de Direitos Autorais (LDA – Lei no 9.610/1998). O MACRS não detém a propriedade de direitos autorais e não se responsabiliza por utilizações indevidas praticadas por terceiros.
Comentários/Dados históricos
A obra datada de 2022, de autoria dos artistas Manatit e Mishta (Porto Alegre, RS, 1992 / São Borja, RS, 1986), e intitulada "Macunaíma 4" integra a série de animações que dão movimento à série de pinturas Macunaíma, o meu avô em mim (2018), de autoria do artista indigena da etnia Macuxi, Jader Esbell. O trabalho foi doado ao Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MACRS) pelos artistas por um desdobramento do Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça de 2021.
|ESBELL, Jaider. MAKUNAIMA, O MEU AVÔ EM MIM! In: Iluminuras, Porto Alegre, v. 19, n. 46, p. 11-39. Disponível em: https://www.waunet.org/wcaa/archive/downloads/wcaa/dejalu/march_2020/iluminuras.pdf , Acesso em 11 de outubro de 2022.
Exposições e prêmios
- Exposição: As Mil Faces de Makunaima, Galeria Augusto Meyer, Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MACRS), 3° andar, Casa de Cultura Mário Quintana, Porto Alegre, RS, 2022.
|- Exposição: MACRS +D, Galeria Augusto Meyer, Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MACRS), 3° andar, Casa de Cultura Mário Quintana, Porto Alegre, RS, 2022.
|Exposição: Entre materialidades e poéticas: as crianças pequenas e o acervo do MACRS, Galeria Augusto Meyer, MACRS, 2024
Histórico de publicações
ESBELL, Jaider. MAKUNAIMA, O MEU AVÔ EM MIM! In: Iluminuras, Porto Alegre, v. 19, n. 46, p. 11-39. Disponível em: https://www.waunet.org/wcaa/archive/downloads/wcaa/dejalu/march_2020/iluminuras.pdf , Acesso em 11 de outubro de 2022.
Eventos relacionados
MACRS +D | Entre materialidades e poéticas: as crianças pequenas e o acervo do MACRS
Mídias relacionadas
“Makunaima 04, 2018”, 2022 foi produzida a partir da obra homônima “Makunaima 04”, 2018 faz parte da série de faces de Makunaima presente na mostra “Transmakunaima: o buraco é mais embaixo” que traz elementos da plumagem e do cocar macuxi.
"Makunaima como disse dispensa uma forma, um gênero, uma gênese. É um estado de energia que se cria e recria em si mesmo como uma bananeira que não precisa de par. São as cobranças mundanas de nossos humanos sentidos que nos exigem uma referência lógica. Eis que Makunaima experimenta uma forma de materialidade, de sonoridade, de sensitividade acessível aos seus descendentes, como uma ideia de gênero, por exemplo. Ele vem então em muitos estados transitórios, passa a aparecer além da oralidade, além do mito. Desce de seu estado supremo flechado por seu orgulho superado; quando enxerga-se além de seu orgulho e depois de todo o seu sofrer essencial. Ele rompe todos os limites, subverte todos os conselhos, deixa beijada a mão do seu avô, o jabuti, e vai ao encontro do pai de todos nós, o universo." (ESBELL, 2018, p.14). Disponível em: https://www.waunet.org/wcaa/archive/downloads/wcaa/dejalu/march_2020/iluminuras.pdf , Acesso em 11 de outubro de 2022.
"As mil faces de Makunaima”, em cartaz na Galeria Augusto Meyer, localizada na Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre (RS). A mostra, idealizada pelo artista Jaider Esbell – falecido em novembro de 2021 –, é desdobramento do Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça – 10ª edição. O edital da Fundação Nacional de Artes – Funarte premiou quatro projetos de arte digital com R$ 15 mil cada. O certame está em andamento, na fase de execução de atividades. A exposição foi desenvolvida e finalizada pelos produtores culturais Mishta e Manatit, como um manifesto de afeto e homenagem ao artista da etnia macuxi. Unindo as novas tecnologias às técnicas tradicionais de pintura, o projeto visa difundir a arte indígena contemporânea de Jaider, através de um processo de animação das imagens digitalizadas de suas obras. Foram selecionados cinco trabalhos da exposição “Transmakunaima: o buraco é mais embaixo”, realizada pelo artista em 2018, em que Jaider traz à luz a descaracterização do clássico Makunaima e propõe uma reformulação ao mito brasileiro de Mário de Andrade. As animações derivadas da parceria com Mishta e Manatit serão incorporadas ao acervo do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MACRS), que promove a exposição física, com o artifício de projeções, e uma exposição virtual, nas redes sociais. (FUNARTE, 2022, doc.eletr). Disponível em: https://www.dmanapolis.com.br/noticia/33432/contemplado-pela-funarte-projeto-las-mil-faces-de-makunaimar-esta-com-exposicao-em-cartaz-em-porto-alegre-rs- . Acesso em 25 de novembro de 2022.
|Jaider Esbell. Makunaimî Parixara, série Transmakunaimî: o buraco é mais embaixo, 2020. Acrílica e posca sobre tela, 100 × 100 cm. Disponível em: https://issuu.com/sescsp/docs/revista-e_de_outubro_2021_atual/s/13554925. Acesso em 14 de outubro de 2022.
|“Recheada de produções contemporâneas de povos indígenas que mostram como essas comunidades fazem comunicação analógica e digital, a exposição Nhande Marandu - Uma história de etnomídia indígena, está em cartaz no Museu do Amanhã, na Zona Portuária do Rio de Janeiro. Na mostra, comunicadores e artistas se apropriam de múltiplas linguagens e mídias para reproduzir suas próprias narrativas, sem os estereótipos impostos pela cultura colonial dominante. Desde a curadoria, realizada por Anápuáka Tupinambá, Takumã Kuikuro, Trudruá Dorrico e Sandra Benites, passando pela identidade visual, redação e tradução de textos, produção audiovisual e sonora, profissionais indígenas participaram de todo o processo criativo.” (2022, doc.eletr). Disponível em: https://umsoplaneta.globo.com/cultura-design-e-moda/noticia/2022/11/13/museu-do-amanha-no-rio-estreia-exposicao-nhande-marandu-uma-historia-de-etnomidia-indigena.ghtml . Acesso em 16 de dezembro de 2022.