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Intermezzo
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Miniatura
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Número de registro
MAC0774
Título
Intermezzo
Série
Metamorfose
Autoria
Ano
1977
Denominação
Suporte/Mídia
Dimensões
230 x 66 x 50 cm | 237 x 50 x 40 cm | 237 x 50 x 40 cm
Texto para etiqueta
Zoravia Bettiol
(Porto Alegre, RS, 1935)
Intermezzo, 1977
Série Metamorfose
Sisal, rami e estruturas metálicas, tríptico
2 partes 237 x 50 x 40 cm, 1 parte 230 x 66 x 50 cm
Doação artista
Aquisição
Doação artista, 2014
Créditos da fotografia
Condições de reprodução
O uso de imagens e documentos é permitido para trabalhos escolares e universitários com caráter de pesquisa e sem fins lucrativos. Junto à reprodução, deve sempre constar obrigatoriamente o crédito à fonte original (quando houver) junto ao crédito: Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul. Os direitos autorais são de propriedade de seus respectivos detentores de direitos, conforme a Lei de Direitos Autorais (LDA – Lei no 9.610/1998). O MACRS não detém a propriedade de direitos autorais e não se responsabiliza por utilizações indevidas praticadas por terceiros.
Comentários/Dados históricos
Outra característica dessa nova produção é o uso do sisal, que é usado na
trama159 e que, de acordo com a artista, “[...] é mais rebelde que a lã e sua rusticidade combina muito bem com a minha sensibilidade” (ZORAVIA..., 1980, p. 2). Dessa maneira, ao substituir a tradicional e nobre lã – normalmente empregada na criação de tapeçarias artísticas – por um material “rústico” e barato, comumente usado na feitura de peças utilitárias e no artesanato brasileiro, ela tensiona o popular e o erudito. Esse foi um dos materiais mais usados pela artista na sua produção têxtil.
Na figura 99, que é um dos trabalhos da série Homenagem a Poetas, percebe-se
o uso que Zoravia faz do sisal, usando diversos pontos que dão texturas e volumes
diferentes na tapeçaria, o que vai interessar cada vez mais a artista, levando-a a criar peças tridimensionais. Em 1974, Zoravia desenvolveu a série Transparências
Geométricas (figuras 102 e 103), com a qual, a partir de suportes de ferro de diferentes formas, a artista alcançou diversos formatos.
Não é à toa que Zoravia Bettiol identifica esse trabalho como uma forma tecida,
termo utilizado por Douchez e Nicola para indicar suas obras tridimensionais, pois a palavra tapeçaria não seria a mais adequada. O trabalho é um objeto tecido, no qual o
suporte de ferro se tornou base para a tecelagem. A tapeçaria, tradicionalmente, é tecida
no tear e, quando finalizada a trama, é retirada do tear e fazem-se os acabamentos finais;
assim, está pronta para ser colocada na parede. Zoravia inovou, pois o trabalho é tecido
no próprio suporte, possibilitando novos formatos, uma maior liberdade na construção
da obra e, ao suspenderem-se as obras no teto, faz-se um convite ao espectador a rodeálo e vê-la de diversos ângulos.
O mesmo ocorreu com a série Metamorfose, iniciada em 1976. Usando termos
da música, como Rapsodia, Intermezzo e Minueto, Zoravia Bettiol criou estruturas
metálicas que podem ser combinadas de diversas maneiras, propondo “certa
flexibilidade quanto à inter-relação entre as partes” (RAMOS; GOMES, 2017, p. 63).
Nas duas imagens abaixo, temos a obra exposta de duas maneiras diferentes; na
primeira imagem, as bases foram colocadas lado a lado; na segunda, está uma na frenteda outra, modificando a percepção e a movimentação do espectador perante a obra. (texto completo em Grippa, Carolina Bouvie. O início da trama: a produção têxtil de Zoravia Bettiol e Yeddo Titze / Carolina Bouvie Grippa. -- 2021)
Histórico de publicações
Grippa, Carolina Bouvie. O início da trama: a produção têxtil de Zoravia Bettiol e Yeddo Titze / Carolina Bouvie Grippa. -- 2021. Dissertação (Mestrado) -- Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Artes, Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais, Porto Alegre, BR-RS, 2021. Disponível em https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/231914/001133683.pdf?sequence=1&isAllowed=y . Acesso 08/10/2024