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Espaços virtuais
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Miniatura
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Número de registro
MAC0156
Título
Espaços virtuais
Série
Espaços virtuais: cantos
Autoria
Ano
2009
Denominação
Material/Técnica
Suporte/Mídia
Dimensões
87 x 67 cm
Texto para etiqueta
CILDO MEIRELES
(Rio de Janeiro, RJ, 1948)
Espaços Virtuais, 2009
Série Cantos
Serigrafia sobre papel
66x45,5 cm
Aquisição por compra e doação AAMACRS / Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça 2010, Funarte
Aquisição
Aquisição por intermédio da AAMACRS/ Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça 2010, 2012
Créditos da fotografia
Condições de reprodução
O uso de imagens e documentos é permitido para trabalhos escolares e universitários com caráter de pesquisa e sem fins lucrativos. Junto à reprodução, deve sempre constar obrigatoriamente o crédito à fonte original (quando houver) junto ao crédito: Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul. Os direitos autorais são de propriedade de seus respectivos detentores de direitos, conforme a Lei de Direitos Autorais (LDA – Lei no 9.610/1998). O MACRS não detém a propriedade de direitos autorais e não se responsabiliza por utilizações indevidas praticadas por terceiros.
Textos críticos
Texto Crítico
A serigrafia Espaços Virtuais de Cildo Meireles deriva da série do artista intitulada Espaços Virtuais: Cantos. Desenvolvida entre os anos 1967-68, esta série reúne mais de 40 desenhos que investigam variações possíveis de um canto arquitetônico, formado pelo encontro entre duas paredes e um piso. Estes desenhos tensionam a ordenação euclidiana do espaço, criando pequenos desvios ou desencontros entre as linhas e os planos que o conformam. Alguns desses exercícios de geometria instável foram realizados como objetos tridimensionais e como gravuras. No caso da serigrafia presente na coleção MACRS, percebe-se essa instabilidade sobretudo no rodapé, onde o atravessamento de planos de cor e de linhas parece contribuir para transformar os vértices do espaço em fendas e passagens enigmáticas.
Autoria
Comentários/Dados históricos
A edição da obra intitulada "Espaços Virtuais”foi impressa em 2009 e faz parte da série "Espaços virtuais: Cantos”, que teve início em 1967 e reúne 44 desenhos. Como desdobramento da série Cildo Meireles produziu objetos tridimensionais em escala real.
A obra foi doada ao Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MACRS), por meio da Associação de Amigos do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (AAMACRS), após a associação adquirir as obras através do projeto “MAC-21”, que teve curadoria de Paulo Gomes, na seleção dos artistas e das obras. O projeto “MAC 21” recebeu o Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça, em 2010, e foi executado entre 2011-2012. Prêmio este, que teve como objetivo a aquisição de obras destinadas ao preenchimento de lacunas pontuais em acervos de instituições museológicas, públicas e privadas. A obra foi apresentada ao público, como acervo do museu, na exposição "MAC 21 - Um Museu do Novo Século", entre 16 de dezembro de 2014 a 08 de março de 2015, com curadoria de Paulo Gomes, sendo ela considerada um marco na história do museu.
Exposições e prêmios
- Exposição: MAC 21 - Um Museu do Novo Século. Galeria Xico Stockinger, Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MACRS), 6° andar, Casa de Cultura Mário Quintana, Porto Alegre, RS, 2014-2015.
|- Exposição: Matéria Difusa - Um olhar sobre a coleção MACRS. Galeria Xico Stockinger, Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MACRS), 6 º andar, Casa de Cultura Mário Quintana. Porto Alegre, RS, 2022.
Histórico de publicações
GOMES, Paulo. O Projeto MAC-21: Compartilhando uma experiência de exceção. Porto Alegre/Brasil, 2021. p. 09. Disponível em: http://academiademedicinars.com.br/wp-content/uploads/2021/08/2.3.-Museu-de-Arte-Contempor%C3%A2nea-do-Rio-Grande-do-Sul-MACRS-1.pdf. Acesso em 02 de maio de 2022.
BULHÕES, Maria; PELLIN, Vera; VENZON, André [org]. Catálogo acervo do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul. 1. ed. Digrapho Produções Culturais, Porto Alegre, 2021. p. 74. Catálogo de Acervo. Disponível em: https://acervomacrs.wpcomstaging.com/catalogo/. Acesso em 02 de maio de 2022.
Google Arts & Culture. Disponível em: https://artsandculture.google.com/asset/espa%C3%A7os-virtuais-cantos-n%C2%BA-vi-cildo-meireles/qQFxFH0_Gq8K8Q?hl=pt. Acesso em 13 abr. 2023.
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"Ao longo de sua carreira, Cildo Meireles revisitou constantemente essa série, desdobrando-a em maquetes, esculturas, gravuras ou instalações. Mais do que atender uma demanda expositiva, o artista apresenta os seus “Cantos” em diferentes suportes, como forma de evidenciar o trânsito entre as categorias espaciais. Desenhos remetem à arquitetura, esculturas remetem ao espaço bidimensional, enxertos em livros de artistas se tornam esculturas ou desenhos etc. Os “Cantos” de grande dimensão, são construídos com telas de pintura e tacos de madeira (pisos domésticos), simulacros do espaço arquitetónico. Porém quando as paredes desse espaço são feitas com o suporte para pintura, espaço tradicionalmente usado como palco do tipo de Geometria Euclidiana que a própria obra nega, passa a existir uma dupla negação dentro do jogo semântico proposto. Ao espectador é apresentado um espaço físico real, porém impossível dentro da representação que nós somos tradicionalmente confrontados na Geometria Euclidiana. Esse recurso do embaralhamento de categorias, médias ou certezas, estará presente ao longo de quase toda a trajetória do artista onde elementos aparentemente opostos se unem para, ao invés de negarem seu conceito por oposição, criam uma nova experiência, onde o tempo e a relatividade se transformam constantemente, exatamente por não negar a natureza inicial de cada elemento". Disponível em: https://homelessmonalisa.com/obra/espacos-virtuais-cantos/. Acesso em 02 de maio de 2022.
|O MACRS adquiriu um exemplar do Zero Cruzeiro, obra icônica da arte conceitual brasileira e uma gravura da série dos Cantos, que representarão, a partir de agora, o artista está nas coleções públicas do Rio Grande do Sul". (GOMES, 2017, p. 09). Disponível em:
http://academiademedicinars.com.br/wp-content/uploads/2021/08/2.3.-Museu-de-Arte-Contempor%C3%A2nea-do-Rio-Grande-do-Sul-MACRS-1.pdf. Acesso em 02 de maio de 2022.
"Quando desenvolve essa obra, Cildo reúne contexto social, momento político, história da arte e suas experiências particulares. Espaços virtuais: cantos, nº 4 é obra que abre a possibilidade de leitura política, apesar de o artista afirmar não trabalhar nessa seara. “Espaços virtuais... pode até fazer um discurso político, ou partido dos volumes virtuais e tal, mas, quer dizer, na origem, da minha parte não tinha nenhuma intenção política nesse trabalho.” Acredita-se que toda produção cultural e artística seja fruto de sua época; se o Brasil e, principalmente, o Rio de Janeiro, que era capital do país na época, sofriam com a ditadura militar, é compreensível que o público entendesse que a obra de Cildo possuía cunho político". (FARIAS, 2009, p.37). Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/ae/article/view/50810/27556. Acesso em 02 de maio de 2022.
|"A série Espaços Virtuais: Cantos desenvolve uma abordagem da percepção espacial e opera um jogo ilusionístico no encontro dos planos frontal, lateral e horizontal (noções convencionais do modo euclidiano do espaço), realiza um deslocamento, uma espécie de recuo ou desvio sobre a ortogonalidade usual do espaço. Ao propor desajustes na construção de um espaço doméstico, Meireles promove uma atmosfera de incertezas, substituiu a familiaridade pela estranheza, invertendo e subvertendo o padrão conhecido desse espaço arquitetônico. De fato, é criado um lugar em que as referências usuais se perdem e surge um espaço ambiental que solicita outros modos de compreensão e de domínio do olhar do observador". (GRANDO; ALMONFREY, 2012, p. 497- 498). Disponível em: https://editora.pucrs.br/anais/apcg/edicao10/Angela.Grando.pdf. Acesso em 02 de maio de 2022.
|"A primeira peça de Espaços Virtuais: Cantos, ficou no acervo do MAM quando eu ganhei o prêmio no Salão da Bússola, em 1969, e pegou fogo quando houve o incêndio em 1978. Toda essa série de espaços virtuais, para mim, é importante". Disponível em: https://dasartes.com.br/materias/cildo-meireles/. Acesso em 02 de maio de 2022.
|"Em 1967-68, Meireles trabalhou em uma série de 44 desenhos, intitulada Espaços virtuais: Cantos, variação imaginativa de um canto de um cômodo doméstico, indicado pelo encontro de duas paredes e do piso, acentuado por rodapés. Alguns desses exercícios de geometria e do virtual foram realizados como objetos tridimensionais em escala real. Espaços virtuais: Canto no VI (1967-68/2005) é um dos melhores exemplos da destreza de Meireles em envolver o espectador, que tenta compreender a perspectiva com seu próprio movimento em torno do objeto". Disponível em: https://artsandculture.google.com/asset/espa%C3%A7os-virtuais-cantos-n%C2%BA-vi-cildo-meireles/qQFxFH0_Gq8K8Q?hl=pt. Acesso em 02 de maio de 2022.
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